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Religião e natureza - de Antônio Carlos a Conselheiro Lafaiete

Natureza, religiosidade e história se misturam no percurso da Estrada Real ente Conselheiro Lafaiete e Antônio Carlos. São cachoeiras, nascentes de rio, igrejas construídas no século XVIII e monumentos aos inconfidentes - ainda poucos explorados - que essa região reserva ai turista. Já são tradicionais as cavalgadas, mas o trekking, a canoagem, o rappel e o mountain bike começam a atrair visitantes. E não faltam locais paradisíacos para prática desses esportes, devido à diversidade natural do lugar, com suas cachoeiras, trilhas, picos e cavernas. Junte-se a isso às manifestações religiosas em homenagem aos santos padroeiros, ao Rosário e ao Divino, além da Semana Santa, Natal e festas juninas. As igrejas de Barbacena e Queluzito, construídas no século XVIII, são atrações à parte. O turista também podeá apreciar e levar para o artesanato, que é rico e diversificado, com destaque para os bordados, crochê, tricô e pintura.



Cachoeira do Moinho em Itaverana

Número de municípios: 23

Quais são: Conselheiro Lafaiete, Itaverana, Queluzito, Santana dos Montes, Presidente Bernardes, Cristiano Otoni, Lamim, Senhora de Oliveira, Carnaíba, Rio Espera, Carandaí, Capela Nova, Cipotânea, Ressaquinha, Senhora dos Remédios, Alto Rio Doce, Alfredo Vasconcelos, Desterro do Melo, Barbacena, Mercês, Santa Bárbara do Tugúrio, Rio Pomba e Antônio Carlos.

Atrações turísticas: Cachoeiras Santinho, Três Cascatas e Caatinga, em Santana dos Montes, e Castelinho, em Queluzito, além da nascente do Rio Doce no município de Ressaquinha. Igrejas de Santo Amaro, erguida no século XVIII, em Queluzito, e da Boa Morte, que possui altares com talha dourada e pintura no teto, datada de 1815, em Barbacena. Outros atrativos da região são o monumento a Tiradentes, com cópia em bronze da carta da rainha D. Maria ao inconfidente a respeito da guarda do Caminho Novo, em Ressaquinha, e o Museu Antônio Perdigão em Conselheiro Lafaiete, com seus cristais e porcelanas.

Infra-estrutura: As principais estradas que dão acesso à região são asfaltadas. Há bons hotéis-fazenda, incluindo casarões tombados pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Estado, em Santana dos Montes.

Trilha de história e parques naturais - de Simão Pereira a Santos Dumont

A Fazenda Cabangu, onde nasceu Santos Dumont, o Parque do Ibitipoca, em Lima Duarte. com suas belas paisagens e cachoeiras de tirar o fôlego de qualquer um, além de prédios da época do Império. Tudo isso pode ser visitado no trecho da Estrada Real entre Santos Dumont e Simão Pereira, na Zona da Mata mineira. É uma vasta cartela de opções, que inclui ainda o turismo de negócios implementado em Juiz de Fora e Coronel Pacheco, sede do Centro Nacional de Pesquisa de Gado da Embrapa. Se a intenção é aproveitar as belezas naturais, nada melhor do que se arriscar no vôo livre, praticado em Juiz de Fora, ou pisar terra firme no trekking pelo Parque de Ibitipoca. No município de Santos Dumont, é possível percorrer 10 quilômetros com vestígios da Estrada Real até a divisa com Antônio Carlos, local conhecido como Serra do Navio. Durante o percurso pode-se conhecer antigas fazendas e dois chafarizes que eram pontos de parada para tropeiros que iam de Minas ao Rio. E para completar há atrativos histórico-culturais, como igrejas e museus. Na fazenda Cabangu, os visitantes poderão ver a réplica do 14Bis, documentos e fotos.


Cachoeira do Sossego, em Lima Duarte

Número de municípios: 21

Quais são: santos Dumont, Paiva, Oliveira Fortes, Ibertioga, Piau, Santa Rita de Ibitipoca, Ewbank da Câmara, Bias Fortes, Coronel Pacheco, Santana do Garambéu, Chácara, Pedro Teixeira, Juiz de Fora, Lima Duarte, Pequeri, Olaria, Matias Barbosa, Belmiro Braga, Santana de Deserto, Simão Pereira e Chiador.

Atrações turísticas: Parque Estadual do Ibitipoca, em Lima Duarte; Fazenda Cabangu, local onde nasceu Santos Dumont; prédio Palácio Barbosa Lima, inaugurado por D. Pedro II em 1878, em Juiz de Fora, uma das primeiras obras da arquiteturaeclética de Minas. Há ainda a capela remanescente da Fazenda de Nossa senhora da Conceição do Registro do Caminho Novo, em Matias Cardoso, local onde se cobravam impostos sobre mercadorias que circulavam e pelo uso do caminho. Também há roteiros sugeridos pelo Instituto Estrada Real como o trecho entre Santos Dumont e Paraíba do Sul para adeptos do turismo de aventura, envolvendo o Caminho Novo e a Trilha dos Inconfidentes. Outras opções, dentro do turismo ecológico, são o Caminho Velho entre Carrancas e Juiz de Fora, e o Caminho novo na Serra do Ibitipoca.

Infra-estrutura:As principais cidades que dao acesso à região são asfaltadas. Juiz de Fora dispõe de serviço aéreo, com vôos regulares. Há grande variedade de hotéis, pousadas e hotéis-fazenda. Todos os municípios têm telefone fixo e a maioria têm cobertura de telefonia móvel.

Região serrana fluminense - do Rio de Janeiro a Comendador Levy Gasparian

Palácio Barão do Rio Negro, em Petrópolis.



Natureza, história e comércio se aliam e dão charme especial a Petrópolis, um dos sete municípios à beira do Caminho Novo da Estrada real, no Estado do Rio de Janeiro. A cidade, em meio a montanhas e com temperatura amena, chama a atenção com suas construções históricas, da época do Império.
Quem passar pela cidade deve visitar a Catedral São Pedro Alcântara, o Palácio de Cristal, o Parque Cremerie e o Palácio Rio Negro, construído em 1899 pelo Barão do Rio Negro. Em 1997, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso voltou a ultilizá-lo como residência de verão dos presidentes da República.
Os outros municípios também investem no turismo cultural. Paraíba do Sul tem Museu da Inconfidência, e Comendador Levy Gasparian a Igreja de Nossa Senhora de Monte Serrat, em arquitetura neogótica de 1869. Além disso, a região possui locais para a canoagem, escalada, rafting, rappel e vôo livre.

Número de municípios: 7

Quais são: Comendador Levy Gasparian, Três Rios, Paraíba do Sul, Areal, Petrópolis, Magé e Rio de Janeiro.

Atrações Turísticas: Museo Casa do Colono, construído em 1847 com paredes de pau-a-pique, e Catefral São Pedro Alcântara, de 1889, onde estão os restos mortais de dom Pedro II, em Petrópolis, e Museu da Inconfidência, que guarda objetos e relíquias retratando a passagem de Tiradentes pela região, em Paraíba do Sul. Outras opções são passeios às margens do Rio Preto, no município de Areal, divisa de Minas com o Rio, e a Serra dos Abobonas, em Comendador Levy Gasparian.
É sugerido também o roteiro Descobrindo Minas Gerais, que começa em Mariana e vai até o Rio de Janeiro, passando por Petrópolis. A Excursão é feita em sete dias, de segunda a Domingo.

Infra-estrutura: Todos os municípios são servidos por telefonia fixa e celular. As principais estradas são asfaltadas, os vôos regulares estão centrados no Rio de Janeiro e a rede ferroviária atende a quatro municípios. Há rede hoteleira em toda região.



Catedral São Pedro de Alcântara, em Petrópolis

Complexo hidromineral - de São Lourenço a Três Corações

A maior parte do turismo dessa região, localizada no Sul de Minas, gira em torno de suas águas medicinais e curativas. A denominaçao que recebeu - Circuito das Águas - faz juz à sua potencialidade: é o maior complexo hidromineral do mundo. Caxambu, São Lourenço, Cambuquira, Lambari, Campanha, Heliodora, Conceição do Rio Verde e Soledade de Minas são as cidades que fazem parte dessa riquesa hídrica e oferecem boa infra-estrutura para receber turistas em termos de pousadas, hotéis e restaurantes. Além dessas opções, o turismo ecológico também é significativo. Várias modalidades são praticadas , mas cavalgada, mountain bike, rappel, trekking e vôo livre são as atividades que mais despertam a atenção dos turistas. Enfim, uma rota perfeita para o descanso e a comtemplação da natureza. Para os saudosistas, a viagem de Maria Fumaça, que vai de São Lourenço a Soledade de Minas e contorna o Rio Verde, é uma boa e inusitada pedida.





Parque das Águas em Sao Lourenço

Número de municípios: 9
Quais são: Três Corações, Cambuquira, Conceição do Rio Verde, Lambari, Jesuânia, Olímpio Noranha, Caxambu, Soledade de Minas e São Lourenço.
Atrações tirísticas: A cidade de Caxambu tem a disposição 12 fontes de água mineral com
propriedades diferentes. No conhecido Parque das Águas, as opções vão de pedalinhos e piscina de água mineral a balneário hidroterápico e teleférico. Ainda em Caxambu, vale a pena conhecer a igreja de Santa Isabel de Hungria (1868), tombada em Patrimônio Nacional, e dar um esticada até o município vizinho de Baependi, para conferir suas vilas e casarões de estilo colonial e pontos de visitação como o santuário de Nhá Chica. Em Lambari, entre os passeios indicamos: visita ao Lago da Guanabara, Centro Cultural de Arte Cassino do Lago, às trilhas e cachoeiras do Parque Estadual Nova Baden e às fontes e coretos do Parque das Águas. Em são Lourenço, entre os destinos turísticos, Templo da Eubiose, Montanha Sagrada, Ermida Bom Jesus do Monte, Matriz de São Francisco de Assis e Horto Florestal. E ainda em São Lourenço, outra raridade: admirar a viagem de Maria Fumaça, que parte da Estação Ferroviária da cidade com destino a Soledade de Minas, percorre a distância de 10Km, e é feita em uma verdadeira Baldwin Locomotive Word, 1920 USA, movida a vapor. Na cidade de Cambuquira, as atrações são diversificadas: vôo livre Pico Piripau, rota histórica-religiosa pela Martiz de São Sebastião e passeio relaxante nas fontes termo e hidro-minerais do Parque das Águas, localizado no centro do município.
Infra-estrutura: Todas as cidades têm serviço de telefone. A região conta também com provedores de internet. As principais estradas de acesso à região são asfaltadas. O transporte aéreo de longo curso e com vôos regulares é em Varginha.




Basílica em Conceição do Rio Verde

O início do Caminho Velho - de Parati a Silveiras

Parati, no Rio, é o início do Caminho Velho da Estrada Real e uma porta para o passado. Suas ruas calçadas de pés-de-moleque e os belos conjuntos arquitetônicos proporcionam um passeio fora do tempo. Ainda há a beleza natural que se impõe na baía, com mais de 300 praias e dezenas de ilhas. Sair de barco continua sendo uma aventura da época das descobertas do ciclo do ouro. Outros sete municípios, no estado de São Paulo, fazem parte do trecho do Caminho Velho até o sul de Minas. Eles não tem a glamour de Parati, mas nem por isso deixam de ser atraentes. Igrejas da época do Império, grutas e Mata Atlântica fazem da região local propício para o turismo cultural, de aventura e também de eventos. Há locais para cavalgadas, caminhadas, rappel e vôo livre. Quem for à região não pode deixar de conferir o artesanato de Silveiras, onde existe diversidade de opções: bordados, arranjos, cestario, crochê, tricô e pintura.

Centro de arte Tradições Populares em Parati

Número de municípios:
7 paulistas e 1 fluminense.
Quais são: Silveiras, Areias, Cruzeiro, Cachoeira Paulista, Lorena, Guaratinguetá, Cunha no estado de São Paulo, Parati já no Rio de Janeiro é o início do Caminho Velho.
Atrações Turísticas: Capela Senhor Bom Jesus da Boa Morte e Igreja de Santa ' Ana,
contruídas em 1782, em Areias; Gruta do Reino Encantando em Cruzeiro e pedra Preta, um pico rochoso a 30 Km de Guaratinguetá, com acesso pela Mata Atlântica. Outras opções são a Catedral de Santo Antônio, em Guaratinguetá, contruída em estilo barroco; a fonte hidromineral Lavínia, em Lorena, e as trilhas dos rios Paraíbuna e Bonito, em Cunha.
Em parati, as atrações são as igrejas Santa Rita, em estilo barroco-rococó, e

Nossa Senhora das Dores, construída por mulheres da aristocracia em 1800. A igreja de Santa Rita abriga o Musei de Arte Sacra, que tem 13 peças, entre elas imagens do século XVIII.
Infra-estrutura: Todas as estradas que dão acesso à região são asfaltadas e o transporte aéreo, com vôos regulares, está centrado em São José dos Campos. As cidades são servidas por telefone fixo e celular. Há boa rede hoteleira, principalmente em Parati.





Igreja de Santa Rita em Parati


Cachoeira Mato Limpo
no Município de Cunha


Um pouco sobre o trajeto da Estrada Real



Autorizada pela coroa e criada no século 17, a Estrada Real era a única via de acesso à região das principais reservas de metais preciosos como ouro e diamantes. Por ser o único caminho pela qual circulava as riquesas, mercadorias e pessoas passou a ser chamada de Estrada Real. Para facilitar a fiscalização era proibido abrir outro caminho. Terminada a exploração, no entanto, a estrada ficou liberada e consequentemente pobre. Devido ao grande movimento, a Estrada Real foi o eixo principal da urbanização do centro-sul do Brasil e se tornou uma das mais importantes rotas históricas-culturais da História. Assim, foram construídas vilas, arraiais e povoados ao longo de suas margens.
A Estrada Real é dividida por três caminhos: Caminho Velho, Caminho Novo e a Rota dos Diamantes.

O Caminho Velho:
Este caminho surgio com as andanças dos bandeirantes, no século 17, que procuravam riquezas que haviam em grande quantidade no solo mineiro, entre Parati e Ouro Preto.

O Caminho Novo:
Este caminho une o Rio de Janeiro a Ouro Preto e conta com um braço de Ouro Preto até o Arraial do Tejuco, em Diamantina - esta chamada de rota dos diamantes - foi que foi aberto no começo do século 18 para satisfazer as necessidades da Coroa de rápido transporte de riquesas até a Metrópole.